Outubro Rosa: mês da conscientização sobre o câncer de mama

Esta época do ano é marcada pela cor rosa, vista em prédios e pela rua, destacando a luta contra o câncer de mama


Campanha busca orientar sobre a necessidade do diagnóstico precoce com a realização de exames com frequência | Foto: Banco de Imagens

A FEMAMA, organização sem fins econômicos, é a responsável por trazer de forma organizada o Outubro Rosa para o país e tornar a campanha uma data no calendário brasileiro, desmistificando o câncer de mama. Mas 2020 é o ano de ir além da conscientização e partir para a ação. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Mastologista, as mulheres reconhecem que a mamografia é o melhor exame para identificar a doença, mas apenas 46,2% delas o fizeram 1 vez ao ano e 27% nunca fizeram. Os fatores são variados: dificuldade de acesso (64,9%), medo de encontrar alguma coisa (54,5%) e até não saber como se detecta (54%).

Criada de forma voluntária pela agência e21, de Porto Alegre, a campanha “3 perguntas que salvam #perguntapraela” vai além das mulheres: busca envolver toda a sociedade e expandir a conversa também para quem está ao seu redor a partir de uma atitude prática fazendo as “3 perguntas que salvam” para as mulheres que amam de verdade:

  • Você tem observado suas mamas?
  • Você já marcou seus exames anuais?
  • Você conhece seus fatores de risco?

No logotipo da campanha, o número 3 ganhou formas de mamas e se tornou um ícone que vai permear tudo que se relaciona a câncer de mama no Brasil. As conversas nas redes sociais estimulam a quebra de tabu do assunto para que as pessoas ao redor das mulheres façam essas perguntas, com foco no diagnóstico precoce – que oferece até 95% de chance de cura –, autocuidado e a busca pelo conhecimento dos fatores de risco da doença.

O lançamento oficial da campanha aconteceu virtualmente no dia 1º de outubro, nos canais da FEMAMA no no TikTok e no YouTube, com a participação de artistas como Zeca Baleiro, Leila Pinheiro, Tom Cavalcante, Leandro Hassum, Gustavo Mendes, Elisa Lucinda, Marina Elali e Ana Costa. “Uma em cada 12 mulheres terá câncer de mama no Brasil, sendo 66 mil só em 2020. As brasileiras já conhecem o que é o câncer de mama e já ouviram falar sobre a mamografia, mas isso ainda não despertou a cultura do autoconhecimento e nem do acompanhamento médico anual. Precisamos incentivar o diagnóstico precoce para salvar milhares de mães, esposas, filhas, amigas”, explica Dra. Maira Caleffi, presidente voluntária da FEMAMA.

A luta por direitos

Durante a campanha, a FEMAMA promoveu quatro edições do Ciclo de Debates sobre Câncer de Mama para Parlamentares, no Congresso Nacional, e uma edição regional nas Assembleias Legislativas do Rio Grande do Sul e de outros estados. Os temas foram: diagnóstico precoce, aplicabilidade da Lei dos 30 Dias, atendimento oncológico durante a pandemia e medicina personalizada.A entidade também preparoumaterial para suas 70 ONGs associadas em todo Brasil que, de forma organizada, estão pressionando o poder público por ações concretas para garantir os direitos de pacientes com câncer de mama, que não vêm sendo respeitados. O questionamento formal às secretarias de saúde estaduais e municipais é sobre como está acontecendo a aplicação da Lei dos 30 Dias e propondo reuniões com gestores públicos de saúde para debater o diagnóstico precoce do câncer. Além disso, também estão sendo questionados governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores sobre o que farão para que o câncer seja uma prioridade e o diagnóstico precoce seja uma realidade.

Ações on e offline

Além da campanha, que conta com o investimento social de Astra Zeneca, Condor, Lilly, Mentor, MSD, Novartis, Pfizer, Roche e Varian, a FEMAMA também realiza parceria com diversas empresas durante o Outubro Rosa para levar a mensagem de conscientização sobre o câncer de mama adiante. Vale lembrar que as conversas em torno da hashtag #perguntapraela acontecem em todas as redes sociais durante o mês de outubro.

Site oficial da campanha: https://3perguntasquesalvam.femama.org.br

Sinais e sintomas

Alterações no tamanho ou forma da mama; nódulo único e endurecido; vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama, mesmo sem a presença de nódulo; nódulo ou caroço na mama, que está sempre presente e não diminui de tamanho; sensação de massa ou nódulo em uma das mamas; sensação de nódulo aumentado na axila; espessamento ou retração da pele ou do mamilo; secreção sanguinolenta ou aquosa nos mamilos; assimetria entre as duas mamas; presença de um sulco na mama, como se fosse um afundamento de uma parte da mama; endurecimento da pele da mama, semelhante a casca de laranja; coceira frequente na mama ou no mamilo; formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo; inversão do mamilo; inchaço do braço; dor na mama ou no mamilo.

O aparecimento dessas anormalidades pode ocorrer de forma isolada ou simultânea. É importante lembrar que esses sinais nem sempre indicam a presença de um câncer, sendo necessário consultar um médico para ter o correto diagnóstico.

Tratamento

Existem diversos tipos de tratamento indicados para combater o câncer de mama. O plano terapêutico a ser adotado deverá ser definido pelo médico, mediante a análise de todos os exames realizados e pelos dados fornecidos pelo médico patologista, após a realização de biópsia.A paciente deve ser informada sobre as melhores possibilidades de tratamento existentes para o seu caso, mesmo aquelas que não estejam ao alcance da cobertura do plano de saúde ou que não sejam acessíveis gratuitamente via SUS. É direito da paciente questionar e discutir com o médico todas as opções.