Higiene bucal pode amenizar efeitos da Covid-19

Saiba quais são os principais cuidados que devem ser tomados

O médico Jalmir Rogério Aust, cirurgião de Cabeça e Pescoço (CRM-SC 7630 - RQE 7126), é diretor do IOA Instituto de Odontologia das Américas

Com a pandemia do novo corona vírusos especialistas em saúde bucal alertampara a importância da higiene da boca, sendo esta uma das portas principais de entrada do vírus. Conforme o médico diretor do IOA de Porto Algre, Dr. Jalmir Rogério Aust, este tipo de procedimento é fundamental para manter a saúde e evitar as desbiosesque podem comprometer tanto o aparelho digestivo, como a saúde geral do indivíduo. “Manter o equilíbrio da flora do trato digestivo pode ser uma forma de combate ao vírus. Não podemos dizer que evitaria o contágio, mas sabemos que indivíduos sadios e sem comorbidade tem melhor evolução quando infectados”, observa. O Instituto Odontológico das Américas (IOA) inaugurou sua sede no começo deste ano na capital gaúcha. Localizado nono bairro Floresta, a instituição oferece cursos de especialização na área odontológica também tem atendimento a pacientes em sua sede no bairro Floresta.

Higienização da boca

A boa higienização da boca pode evitardiversos tipos de doença, inclusive problemas pulmonares que tornam o vírus ainda mais perigoso. No caso de pacientes contaminados com o novo coronavírus (Covid-19), a higiene bucal pode prevenir complicações. Além disso, diversos estudos já comprovaram a eficácia do cuidado com a saúde bucal na prevenção de doenças cardíacas, depressão e doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, hipertensão arterial, câncer, entre outras doenças sistêmicas.  Conforme o diretor várias doenças são transmitidas por gotículas e aerossóis. Inclusive as gripes, tão frequentes no inverno.  A higiene frequente das mãos, evitar aglomerações e o uso de máscaras pode diminuir muito o contágio destas enfermidades. “Associado à higiene da boca é preciso manter as mãos sempre limpas, utilizando os protocolos corretos, pois a saúde está integrada como um todo.Como as mãos são imprescindíveis no acesso à cavidade bucal, principalmente no uso do fio dental, higienizador de língua e da escova de dente, é importante que sejam higienizadas com frequência, para que se possa levá-las até a boca”, esclareceu.

Quem está com o vírus

Para o diretor do IOA, o estado de saúde do paciente que tenha contraído a Covid-19 pode ser agravado, caso sua higiene bucal não seja feita da maneira correta, com atenção especial para a língua e aos dentes molares, aqueles mais próximos da faringe, para evitar a pneumonia por aspiração.Há estudos que indicam o uso de peróxido de hidrogênio para o combate ao coronavírus, porém esses estudos necessitam de maior amostra e mais pesquisas. Já o uso de enxaguantespode ajudar, porém a higiene mecânica com escova de dentes é fundamental para  remoção de placa, higiene da língua e mucosas. Locais onde as bactérias e os vírus irão se alojar.“Seguro seria manter higiene completa (escova e fio dental) sempre após as refeições. Evitar compartilhar pastas e escovas de dentes e substituir a escova de dentes com frequência”,lembra. Quem está contaminado e devidamente isolado deve manter a higiene completa. Manter a pia ou bancada onde escova os dentes sempre limpa e desinfetada. Além disso, após a remissão do vírus ou final da quarentena seria bom trocar as escova de dentes por uma nova. Uma vez que a antiga estarácontaminada. “Esses hábitos de higiene bucal devem ser adquiridos por toda vida, não somente no período do novo coronavírus, visto que as pessoas podem ser infectadas por outro vírus a qualquer tempo”, finalizou.

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